Tabuleiro de Egos
1- Xeque: Como é o capítulo de abertura, o xeque simboliza o momento do nascimento. Como se já nascêssemos em xeque, por um triz. O capítulo engloba a percepção da identidade, a dúvida, o tédio da existência, o caminhar à expectativa do adeus.
2- A intrepidez: Após o choque inicial, vem a intrepidez. A compreensão da necessidade da continuidade, do enfrentamento. Todas as tentativas de fuga vão se mostrando inviáveis. É a parte da esperança que nasce da insegurança.
3- Entre a redenção e o recomeço: É a existência posta à prova. É a parte positiva da odisséia. A dúvida já percebida como obrigatória. É o contentamento existente entre dois pólos; entre a compreensão da impossibilidade de significância humana e o sonho de ser surpreendido pelos mistérios.
4- O circo dos anseios: É a aceitação. O medo transformado em certeza. O abraço ao lado negativo de tudo, neste caso, o negativo sem se saber negativo, sem a noção. É o espetáculo do contentamento.
5- O preço do blefe: Já há neste capítulo vestígios da quebra do conformismo. O eu lírico começa a se assumir e assumir um suposto equívoco em sua visão. Ele passa a observar o outro e entender no outro a beleza do oposto.
6- A jogada perfeita: O sentimento de vitória, o brinde a vida, a saudade da infância, a descoberta da poesia presente em tudo, a salvação vinda da poesia, os primeiros contactos com o inconsciente.
7- Sete erros: Entre o sim e o não; a escolha do talvez. A crença no oculto. A percepção de que tudo é criticável. De que nada “é” completamente.
8- A carta na manga: A formação. “Você se torna aquilo que é”. O não é, mas poderia ter sido. A escolha. A capacidade da resolução, mas a dúvida da vontade.
9- O prestígio de cada peça: A importância de tudo, até do que, até então, se mostrava insignificante. O significado do que por costume ou moral nada importa. A destruição dos dogmas.
10- Pagando pra ver à flor da pele: A revelação. A percepção da inviabilidade. Este capítulo aborda o “eu” sob o ponto de vista do outro, aborda a não possibilidade de analogias, de comparações. Já que tudo é ponto de vista e todo ponto é dicotômico.
11- A fúria reveladora: Viver é contentar-se. Este capítulo expõe a descoberta da arte como o único sentido da existência. É a fúria salvadora. O indecifrável!
12- Xeque mate: É o capítulo final. É o fim simbolizando o novo começo. É a descoberta e a nascente de novas perguntas. É o fim do tempo, mas não dos Tempos. É a vida presente em tudo. A continuidade no outro e do outro. O infindável. O infinito.
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